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quinta-feira, 4 de agosto de 2011

CRIANÇAS DE ATÉ DEZ ANOS NÃO PODEM ATRAVESSAR A RUA SOZINHAS.

“A dor é maior que qualquer coisa que a família possa dizer”, escreveu o repórter do jornal Correio Braziliense, em maio de 2004, ao relatar a repercussão entre pais e irmãos da morte de um garoto de 3 anos, atropelado na faixa de pedestre, em Brasília. Ele voltava para a casa com dois irmãos, de 13 e 11 anos, quando, ao atravessar a faixa, o chinelo do menino saiu do pé. Ele voltou para pegar, o irmão chegou a fazer um sinal para que o caminhão parasse, mas não deu tempo. O menino morreu na hora. O atropelamento de crianças ocupa o segundo lugar entre os traumas com cerca de 1.200 mortes ao ano, ou 18% do total de acidentes, segundo dados do Governo.
“Crianças com menos de dez anos devem ser  proibidas de atravessar a rua sozinhas, e a maioria dos pais nem lembra disso. Mesmo acompanhadas, elas são vítimas da falta de faixas de pedestre e do desrespeito de muitos motoristas”, diz o cirurgião pediatra João Gilberto Maksoud Filho, presidente da ONG Criança Segura. No caso do menino de Brasília, o motorista do caminhão dirigia sem carteira de habilitação.
Se até a alguns anos, as crianças podiam andar nas ruas com relativa segurança, hoje, o perigo para elas aumenta na mesma proporção que cresce a frota de veículos. Para se ter uma idéia, em 1904, existiam 84 automóveis no Brasil, segundo informações do governo de São Paulo. Cem anos depois, as estimativas apontam 30 milhões de veículos circulando no País, segundo dados do Ministério dos Transportes. Hoje, para cada grupo de seis pessoas, uma tem automóvel. Em 1970, era 1 veículo para 72 pessoas. O aumento acelerado da frota transformou o trânsito no inimigo número um das crianças, que são frágeis e pequenas diante dos automóveis e não têm noção do perigo.
As estatísticas mostram que tanto na condição de pedestres quanto como ocupantes de veículos, 35% das mortes de crianças no Brasil por lesões ou traumas acontecem no trânsito.
Isso significa mais de 2.300 crianças mortas por ano, segundo dados do Ministério da Saúde, em 2001.
Mas isso é parte do problema. Do número de crianças vítimas de acidentes de trânsito, pelo menos 10 mil escapam com vida, mas sofrem seqüelas permanentes com longos períodos de internamento hospitalar.




O drama atinge toda a família, muitas vezes com os pais perdendo
o emprego para poder cuidar dos filhos, além do abandono dos demais familiares devido aos cuidados necessários às vítimas.
O atropelamento mata ou deixa seqüelas para sempre na vida de milhares na vida de milhares de crianças.
A presença de um adulto na hora de atravessar a rua é fundamental para proteger a vida da criança, principalmente dos motoristas irresponsáveis, como aqueles que bebem e resolvem dirigir em excesso de velocidade e acabam atropelando uma criança que atravessa a rua. Histórias como essa quase sempre aparecem na mídia, e é o caso de se parar para pensar mais um pouco sobre a polêmica se acidente é fatalidade ou é algo previsível e evitável. Você acha que essa morte aconteceu porque isso estava escrito?

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